Essa narrativa traz uma história que não é necessariamente inédita, mas é bastante aterrorizante. O filho de um agente funerário tenta uma reconciliação com seu pai e faz uma visita a ele com sua esposa que está grávida. Nesse meio tempo, o local recebe o cadáver de um homem que carrega consigo uma entidade maligna e põe em risco o bebê que está prestes a nascer.
Já vimos algumas coisas mais ou menos parecidas em obras como “Annabelle” e “O Bebê de Rosemary”, filmes que lidavam com o sobrenatural e envolviam mulheres grávidas e com seus filhos em grande perigo. Claro que “Oferenda ao Demônio” traz uma abordagem um pouco distinta e não tem a grandiosidade destes que acima comentamos, mas é fato que a temática nos faz relembrar.
Oliver Park já dirigiu um curta, uma série para TV, um filme com outros diretores e este aqui é basicamente seu primeiro longa. Não dá para negar que, de certa maneira, ele manda bem. Cria uma atmosfera absolutamente sinistra e carregada de mistério. Talvez isso seja o que mais funciona no filme, pois a todo instante o espectador se sente ameaçado pelo que está por vir.
Há alguns jump scares que nem sempre funcionam, pois conseguimos previamente identificar o que irá acontecer. Além disso temos os seguintes aspectos: atuações boas, direção de arte bem eficaz (desde os detalhes dos objetos de cena, figurinos e locações) e uma iluminação competente gerando uma composição de luz que colabora para criar um ambiente soturno e tenebroso. Levando-se em conta estes detalhes, o jogo está ganho.
A história é interessante, mas nada demais. Trata-se de um filme de terror que podemos dizer que é básico e relativamente bom, usa e abusa dos clichês que o gênero possui e irá, de certa forma, entusiasmar os fãs do estilo. Claro que quando levamos em conta a carreira definitivamente nova deste diretor, identificamos que o resultado final é bem satisfatório. Fiquem alertas para novas obras de Park. Prometem ser promissoras.
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