Após dirigir dois curtas, o cineasta Michael Medaglia reaparece com “Deep Dark”, seu primeiro longa. Apesar de não ser um filme grandioso e nem mesmo ousado, essa narrativa acerta bem na proposta de desenvolver um gênero como o terror e, principalmente, como uma fantasia cheia de momentos singulares e excêntricos.
Hermann é um escultor fracassado e nada parece dar certo para ele. Ao alugar o apartamento do tio para conseguir um insight criativo, ele se depara com um buraco na parede. O incrível é que este buraco começa a se comunicar e também se relacionar com ele ao mesmo tempo em que proporciona o sucesso que ele tanto almeja. À medida que as relações avançam, fatos estranhos começam a acontecer.
É inusitado, concordam? Não tive dúvidas ao conferir a obra. E foi, de fato, essa argumentação que muito me agradou. Foge do comum dos filmes de terror e do universo sobrenatural. E a partir disso, a narrativa avança sem muitas viravoltas e nem tantas surpresas, mas você fica preso a poltrona para checar o desfecho de tudo isso.
A atmosfera criada por Medaglia é interessante, há uma ambientação com um leve clima de suspense, não há praticamente nenhum susto ou elemento surpresa e, o mais interessante, o público torce pelo protagonista. Certamente isso acontece por ele justamente se dar mal e ficamos ansiosos para que isso, de alguma forma, mude.
É um filme mediano, mas com vários toques interessantes e com elementos que conseguem nos entreter. Vale ver, sem dúvida alguma. E essa dica vale especialmente se você é fã desse tipo de estilo. O final é completamente INESPERADO. Será 8 ou 80, ou seja, vai ser daquele tipo em que você vai amar ou então odiar. Eu confesso que amei. Confira e avalie a obra como um todo.
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