quarta-feira, 27 de março de 2024

O Lobo Viking

 


Título Original – Vikingulven 
País de Origem – Noruega 
Diretor – Stig Svendsen  
Gênero – Terror 
Duração – 97 minutos 
Ano – 2022 

Diretor de várias obras como “Kings Bay” e “Elevator”, Stig Svendsen reaparece aqui com esta nova obra e aposta em uma narrativa sobre lobisomem só que com uma roupagem bem contemporânea. Ele também assume a função de roteirista juntamente com Espen Aukan. Trata-se de um filme interessante, mas com alguns pontos que deixam um pouco a peteca cair em seu decorrer.  

A história é a seguinte: Thale se muda com a família para uma nova cidade. Sua mãe é uma das policiais locais. Tudo vai caminhando até que um dia uma garota é brutalmente assassinada e Thale é uma das testemunhas do crime. As investigações apontam que o assassino é um lobo, mas ainda há alguns mistérios a serem desvendados.  

Essa obra teria tudo para ser um filme bastante impactante, pois inicia muito bem. De cara, o diretor nos mostra uma invasão viking de tempos antigos e a libertação de uma criatura selvagem e mitológica. Logo depois, o público é transportado aos dias atuais e aí a história, de fato, começa. Rapidamente os personagens são apresentados e o suspense não tarda a iniciar.  

Após os episódios acima mencionados acontecerem, o espectador mergulha na narrativa e nosso grande anseio é encontrar o lobo que nada mais é que um lobisomem. O grande problema é que quando isso acontece, de uma forma ou outra, parece ficar uma sensação de decepção. A gente imagina uma criatura sanguinolenta, visceral e assustadora. Não que não seja, mas passa longe da brutalidade que este tipo de personagem poderia e/ou deveria ter.  

E o que dizer da transformação? Foi bem executada, mas nada que seja próximo aos efeitos de obras como “Um Lobisomem Americano em Londres” de John Landis ou “O Lobisomem” de Joe Johnston. Nestes dois, o público encontrava algo que chamava a atenção, pois os efeitos beiravam a perfeição. Em “O Lobo Viking” já não podemos afirmar que isso aconteça. É uma transformação bem mais contida e com recursos mais sutis.  

Há ainda um ponto que foi sinal de atenção. Trata-se de um drama familiar relacionado aos pais de Thale. Ela vive com a mãe e o padrasto e parece não aceitar isso muito bem. De maneira bem genérica, isso nos é apontado e muito pouco explorado. Claro que não se trata de um assunto primordial na narrativa, mas se foi mencionado, poderia também ser mais discutido.  

Seguem outros aspectos que podemos comentar sobre o filme: cenários e fotografia belíssimos, especialmente no que diz respeito às cenas da floresta, pois elas dão, além da grandiosidade, um ar bastante misterioso, obscuro e sinistro; as atuações estão dentro da normalidade, ou seja, não encontramos nenhum destaque; o roteiro começa bem, mas em seu decorrer demonstra fragilidade e passa a ser pouco interessante.  

O Lobo Viking” é um filme que tem vários pontos bacanas e outros nem tanto. Trata-se de uma obra que pode ser classificada como mediana. Entretém, mas carece de mais emoção e identidade. Talvez uma complexidade maior e mais intensa. Talvez falte mais ação ou ainda efeitos que possam ser mais convincentes e até consistentes. De qualquer forma, assistam e tirem suas devidas conclusões.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário