Diego Cohen carrega em seu currículo a direção de algumas obras como “Perdidos”, “México Bárbaro II”, “Romina” e “A Marca do Demônio”. Nenhum deles tão conhecido assim. Em “Lua de Mel”, ele explora o universo do suspense de uma maneira bastante peculiar e, através do gênero, cria uma narrativa que deixa o espectador bastante agoniado e moderadamente tenso.
A protagonista aqui é Isabel, uma jovem que sempre aparece fazendo caminhadas pelas ruas. Sem notar, ela é observada por Jorge, um médico solitário que, pacientemente, aguarda o momento oportuno para se aproximar. Feito isso, ele mantém a moça como prisioneira e logo depois se casa com ela. A partir daí o público começa a contemplar o desespero de Isabel. Ela é maltratada e passa por diversas humilhações, experimentos e torturas.
Até aqui não temos nada demais. É uma história interessante e o que, de fato, segura o público até o fim são dois questionamentos: Por qual motivo acontece o sequestro? Conseguirá a protagonista sobreviver e fugir? Isso nos angustia demasiadamente durante a exibição do filme e, à medida em que ele avança, algumas explicações começam a aparecer.
Podemos adiantar que a resposta para a primeira pergunta é bem satisfatória e plausível. Já a segunda não dá para comentarmos com detalhes, pois seria um spoiler bem desagradável, mas o maior problema nesta narrativa é a sua conclusão. Uma pena, pois Cohen parece perder um pouco a mão e apela para um fechamento que parece não ter pé e nem cabeça e isso prejudica a obra trazendo um sentimento de grande decepção para o público.
Aos que se aventurarem a assistir, se preparem para algumas cenas fortes, outras meio nojentas e algumas se aproximam um pouco do universo gore. É um filme que teria muitos elementos para ser uma boa indicação no gênero, mas acaba não passando de mais uma narrativa mediana e sem grandes surpresas. Infelizmente não foi bem-sucedido. Confiram, avaliem, mas não digam que não avisei.
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