Título Original – Shepheard
País de Origem – Reino Unido
Diretor – Russell Owen
Gênero – Suspense/Drama/Terror
Duração – 103 minutos
Ano – 2021
Com uma atmosfera densa e repleta de mistério e suspense, “Ilha Fantasma” conduz o espectador ao universo interior de seu protagonista. Não faltam aqui signos e símbolos cheios de mensagens e carregados de significados que acabam, muitas vezes, nos remetendo a filmes produzidos pela A24.
A história narra a trajetória de Eric Black, um pastor escocês que se encontra atormentado por conta da morte de sua esposa. Em função disto, o rapaz decide se refugiar em uma região distante. Em um cenário completamente abandonado e tendo apenas como companhia o seu cão, Eric começa a ter visões e se depara com um ser misterioso e obscuro que irá trazer à tona suas piores lembranças e pesadelos.
A narrativa é bastante lenta e em alguns momentos pode se tornar enfadonha, mas este é um processo que se assemelha ao que o personagem, de fato, vivencia. Não há sustos, mas o clima de tensão e densidade é bastante extremo. E à medida que a história avança, o espectador vai descobrindo o que realmente aconteceu na vida de Eric junto a sua esposa. Misturam-se ali sentimentos como a culpa, o remorso, o medo e principalmente a fragilidade humana.
É possível até mesmo afirmar que a obra de Owen é bastante competente nos aspectos da construção da história e da estética cinematográfica, visto que a composição da luz, cenários, figurinos e posições de câmera são impecáveis. Não há como negar isso. Esses itens impressionam os admiradores da Sétima Arte e é aí que a narrativa se mostra eficaz e bem sucedida.
São poucos atores, poucos diálogos e uma história que é simples, porém interessante e que muito se assemelha ao drama humano. Mais do que um filme que explora o universo do horror e do suspense, “Ilha Fantasma” aborda a dramaticidade da existência e todos os complexos que nela estão envolvidos. É uma obra que possibilita e te faz um convite à reflexão. Mergulhe na proposta e procure sentir a emoção que a narrativa carrega.
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